domingo, 28 de agosto de 2011

O DIÁRIO DE LÚCIA HELENA.


RESENHA 2011
LIVRO: O DIÁRIO DE LÚCIA HELENA.
AUTOR: ÁLVARO CARDOSO GOMES
EDITORA: FTD
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O livro O Diário de Lúcia Helena traz para os leitores confidências registradas num diário que Lúcia Helena ganhou de uma tia. Logo de início, a garota não gostava de escrever nesse espaço que é um verdadeiro tesouro, lugar onde se escreve seus pensamentos mais intensos sem se comprometer. Percebe-se que no começo a garota escrevia pouco, mas com o passar do tempo, já se expressa de maneira mais complexa, com detalhes.  
Durante todo o livro o autor faz com que o leitor tenha contato com uma tipologia textual bem pessoal, diário. E possa conhecer a histórias e dilemas que permeiam a vida de Lúcia Helena. A história começa contando um pouco sobre as incertezas da garota e até mesmo um “namorico” com Túlio, mas que não se torna nada de significativo, pois Lúcia tem que sair de sua cidade para morar em outro local.
Nisso o destino coloca em sua vida um amigo, que faz com que se divirta com as mentiras contadas, seu nome é Beto. Uma amizade verdadeira que faz com que a menina não se sinta só. Tudo ocorria tudo bem até o momento em que Lúcia começa a expressar um interesse por alguns garotos. Beto sem disfarçar, começa a demonstrar ciúmes por sua amiga.
O mais interessante do livro, que o diário não tem um rigor textual, possibilitando que o leitor tenha contato com um estilo bastante pessoal, livre e que contêm caraterísticas que diferem de pessoa para pessoa.
Ao iniciar um namoro com Mário Antônio esse ciúme ficou mais intenso prejudicando assim sua amizade, chegando a um distanciamento, e assim deixando de serem amigos. Mas a história tem uma reviravolta, que numa bela amizade, transforma-se numa linda história de amor. Afinal, em se tratando de amor, TUDO É POSSÍVEL!
   Boa leitura!


  

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

50 FÁBULAS DA CHINA FABULOSA


RESENHA 2011
LIVRO: 50 FÁBULAS DA CHINA FABULOSA.
ORGANIZADORES: SÉRGIO CAPPARELLI E MÁRCIA SCHMALTZ
EDITORA: L&PM
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O livro 50 Fábulas da China Fabulosa reúne diversas histórias que contam sempre com uma lição de moral, caraterística dos contos chineses. Traduzidos e organizados por Sério e Márcia, contam com uma edição bilíngue nos idiomas português e o chinês, dando uma oportunidade aos leitores a ter acesso ao diagrama chinês mostrando toda sua complexidade.
Outra característica mostrada na obra são os desenhos feitos com uma técnica chamada papel cortado, onde nota-se um trabalho de ilustração milenar, mas com um acabamento perfeito.
 Ao ler esse livro,temos a chance de conhecer através da literatura uma pouco da cultura do povo oriental diferenciado bastante da nossa realidade. Sem sair de casa, podemos conhecer culturas, personagens, vivenciar experiências emocionantes. Tudo por uma simples atividade: leitura diária.
Com histórias curtas, mas bem reflexivas como a história seguinte:
UMA FOLHA EM TRÊ ANOS”
No Estado de Song um homem reproduziu em marfim uma folha de amoreira para dar de presente ao rei. Ele levou três anos nesse trabalho. O resultado foi uma folha maravilhosa, delicada nos traços, cores finas e brilhantes. Quando alguém a colocava junto com outra de verdade, ninguém conseguia distinguir uma da outra, de tão perfeita. Esse homem recebeu o pagamento do governador de Song por tamanha perfeição.
Ouvindo isso, LIEZI disse:
- Se a Mãe Natureza precisar de três anos para fazer uma folha, tudo aquilo que tem folhas vai se tornar realidade. Por isso, o sábio deve se apoiar na sabedoria da natureza, e não na inteligência dos homens. (pág.63).
Vale a pena conferir o estilo literário da cultura chinesa, pois afinal de contas, a leitura possibilita um intercâmbio cultural, aquisição de novas informações, sem precisarmos viajar milhares de quilômetros.
Boa leitura!
DIONIZIO NETTO

domingo, 21 de agosto de 2011

O VELHO PÁSSARO DA LUA.


RESENHA 2011

LIVRO: O VELHO PÁSSARO DA LUA.

AUTOR: ANTÔNIO BARRETO

EDITORA: FTD


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O velho pássaro da lua conta à história de como um livro tem o poder de transformar a vida de uma pessoa. O autor narra à história de um garoto que sofre as dificuldades da vida, mas que tem um sonho que contrasta com sua realidade: tornar-se um escritor. Fato que a história tem um fator comum em minha vida, o gosto alucinado por leitura.

Tudo começa quando o garoto sente que algo de inusitado vai acontecer com ele. Seu pressentimento de fato acontece, por uma simples atitude de uma professora que modificará completamente a visão de expectativas de sucesso no futuro. Sua professora presenteia o garoto com um livro. (Atitudes cada vez mais escassas na realidade. ATENÇÃO PAIS, UM EXCELENTE PRESENTE PARA SEUS FILHOS E COM CERTEZA MUDARÁ PARA SEMPRE SUA POSTURA EM RELAÇÃO À VIDA! DÊ LIVROS, CONTRIBUA COM A CONTRUÇÃO INTELECTUAL DE SUE FILHO).

A professora diz para o menino que leia e releia quantas vezes for necessário. Sem ao menos dar folga, o livro passa a ser uma excelente companhia para qualquer lugar que vá. Com a ideia na cabeça o menino lê incansavelmente e chega ao ponto de concertar as folhas do livro tão velhinho com medo de perdê-lo. (Bem parecido com minhas atitudes).

Com o pensamento fixo no seu sonho, depois de muitas noites escrevendo com auxílio de uma vela, o garoto começa a escrever seu livro e tendo bastante dificuldade, consegue terminar.

Setenta anos depois o agora senhor, tendo seu sonho de infância realizado, pois se tornou um grande escritor. Após lembrar-se do passado, resolve voltar na escola onde estudou e teve o interesse pelo mundo da leitura despertado. Chegando lá, pensava que já estivesse sido esquecido e o autor tem uma grata surpresa: seu livro continua sendo usado na escola em que estudou. Bastante emocionado, honrado percebe que o livro não tem um prazo de validade, mas uma vez escrito estará eternizado.

O que mais deixou de reflexão, para que os leitores pensem é que o livro tem a força de transformar uma realidade, muitas vezes irreversível. Como foi o caso do menino que morava numa cidade no interior sem expectativa de crescimento, por intermédio do hábito da leitura possibilitou que mudasse sua história quase que já traçada.

O autor foi feliz em criar uma história que fortifique os diversos benefícios que a leitura proporciona. Assim difundir numa “corrente do bem” que nossa sociedade perceba o quanto a leitura possibilita ter uma visão crítica, aquisição de conhecimento, vivenciar situações inusitadas, que sentado no sofá de casa você pode fazer. Afinal, leitura também é um exercício! 


terça-feira, 16 de agosto de 2011

BULLYING, MENTES PERIGOSAS NAS ESCOLAS.


RESENHAS 2011
LIVRO: BULLYING, MENTES PERIGOSAS NA ESCOLA
AUTORA: ANA BEATRIZ BARBOSA SILVA
EDITORA: FONTANAR
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Um dos temas que frequentemente ganha destaque na mídia, por um caráter de violência, tirania, maldade, o bullying sempre existiu, mas não tinha um estudo tão forte como nos dias atuais. Com uma frase bem emblemática ”A lei dos mais fortes e o silêncio dos inocentes”, a autora inicia uma leitura sobre um problema que cada vez mais prejudica o desenvolver saudável do ambiente escolar. Deixando em suas vítimas verdadeiros traumas que podem evoluir para doenças psicológicas graves.
O termo bullying é de origem inglesa e qualifica ações que envolvem violência, sendo que não admite tradução para o português. A abordagem da linguagem empregada da autora, possibilitando aos leitores que percebam como identificar os ataques de fúrias daqueles que se sentem bem em atormentar suas vítimas.
Ana Beatriz demonstra as tipologias de bullying existentes podendo ser: verbal, físico-mental,  psicológica, moral, sexual e virtual. Cada maneira de agressão diferenciada, mas mantendo sempre o fio condutor, que é violentar de qualquer maneira sua vítima e assim perpetuar cada vez mais seu domínio. Justamente por que os líderes são aqueles alunos populares, tendo sempre uma “turminha” que apoiam esse tipo de atitude violenta.
O livro chamou a minha atenção pelo fato de ser professor e presenciar de maneira sútil, “brincadeiras” que devem ser banidas do convívio escolar e adquirir um conhecimento do assunto mais aprofundado.
No bullying existem três grandes “protagonistas”, são eles: vítimas, agressores e expectadores. Mas a autora deixa claro que o expectador que não toma coragem de denunciar, ajudar, se acovarda, também é semelhante ao agressor.
Mas o que deixou de uma forma mais clara faz referência à contribuição dos pais na educação de possíveis agressores no futuro. Aqueles pais que não educam para a vida, visando o imediatismo, pode se dizer que são os pais do “deixa pra lá” ficam cegos e contribuem com as personalidades manipuladoras, característica marcante na personalidade dos bullies, ou seja, pessoa que pratica o ato de agredir. A escola também pode contribuir na percepção dessa personalidade violenta, impedindo que o jovem desenvolva assim esse aspecto negativo. Mais uma vez a parceria escola-família é fundamental para que seja possível educar cidadãos para a vida.
O capítulo que favorece um entendimento que qualquer pessoa já sofreu, ou poderá sofrer esse tipo de agressão, tem como os principais personagens, pessoas famosas, que usaram desse problema, reverteram à situação e hoje são bem sucedidas. Mesmo por que a vítima do bullying não terá seu destino predestinado ao fracasso, tem que superar a dificuldade, com muito esforço usando os problemas numa espécie de mola. São elas: o nadador multicampeão Michael Phelps, atriz Kate Winslet, o ator Tom Cruise, diva do pop Madonna, o jogador David Beckham e o diretor de filmes Steven Spielberg.
O bullying não somente necessita de agressão física com já dito anteriormente, mas os ataques por meio da internet configuram um grau de covardia e massacram ciberneticamente a vítima, dando um foco a uma nuance dessa violência: ciberbullying.  Que apenas num clique você agride e dissemina conteúdos difamatórios, racistas, intolerantes, na velocidade das evoluções tecnológicas, prejudicando milhares de pessoas por todo o mundo. E cresce os casos de agressão por causa do uso da internet, para prejudicar as pessoas.
As notícias bem atuais dos casos de bullying no mundo faz com que o leitor compreenda e relembrem casos de grande repercussão em diversos lugares.
Ana Beatriz trouxe uma temática bastante importante e que por causa dos grandes casos que assombram a vida de diversos educandos, para que possamos interferir de maneira direta no resgate de uma palavra importante para um convívio harmônico em sociedade: tolerância.

E NÃO SOBROU NENHUM.


RESENHA 2011
LIVRO: E NÃO SOBROU NENHUM.
AUTORA: AGATHA CHRISTIE
EDITORA: GLOBO
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Sem dúvida um dos livros mais eletrizantes que li nos últimos quatro anos. Agatha Christie rainha do gênero suspense, que faz o leitor fazer parte de sua narrativa, sempre na tentativa de solucionar um mistério.
Mas em E NÃO SOBROU NENHUM o terror toma conta da história de uma ilha horripilante. Tudo começa quando diversas pessoas recebem um convite tentador para passar “férias” num paraíso, mas mesmo não se lembrando da pessoa que os convida, todos os dez aceitam tal oferta tentadora. De forma alguma suspeitam que estejam entrando numa armadilha mortal. Nos primeiros capítulos a autora faz com que percebamos e conhecemos cada personagem da trama. Os dez soldadinhos são: Dr. Armstrong, Emily Brent, Blore, Vera Claythorne, Philip Lombard, Jhon Macartur, Anthony Marston, Sr. e Sr. Rogers, Jhon Wargrave.
A cada momento uma morte misteriosa elimina um a um, respeitando a sequência do poema que está no quarto de cada hóspede. ”Dez soldadinhos saem para jantar, a fome os move, um se engasgou, e então sobraram nove...” Pág. (50,51). Só que ninguém leva a sério, até o momento que acontece a primeira morte. Nisso no centro da mesa, na forma de enfeites a cada morte um soldadinho é retirado, fazendo referência ao acontecido.
Um livro que prende o leitor por trazer esse clima de suspense na tentativa de descobrir quem é o assassino e por qual motivo cada um deles tem que morrer.
O clima fica cada vez mais pesado, pois a ilha é totalmente isolada e não tem como equipes de salvamento chegar a tempo. Além do que, a desconfiança se faz forte pelo fato do temeroso assassino.
Mas qual o motivo que levou cada um deles a ilha do soldado? Para nossa surpresa, todos estão relacionados com diversos homicídios, ou seja, estão naquele local para que se faça “justiça” pelos crimes que cometeram.
Nisso o leitor, começa a compreender que tudo foi milimetricamente arquitetado para que as mortes aconteçam de maneira objetiva. Mas bem no momento de servir o jantar uma voz saída de um gramofone, revela o segredo obscuro de cada um, e é dado então o início ao “jogo macabro”. Na mesma linha do sucesso cinematográfico da franquia “Jogos Mortais” que no mundo todo cativou fãs do gênero terror.
Vale ressaltar que o livro é indicado para o público com faixa etária de 16 anos, por conter como tema violência, sendo assim contra indicado para o público juvenil.
Rapidamente, o leitor envolvido com a trama acaba terminando o livro e se surpreendendo com a descoberta de quem é o serial killer da ilha do Soldado. Porém, Agatha de forma magistral revela o segredo sobre a identidade do assassino, por meio do epílogo, que numa forma de carta, conta como se desenvolveu essa personalidade psicopática e os motivos que levaram a escolher as pessoas para morrerem.
O que posso garantir que o final dessa história é surpreendente e deixa o leitor simplesmente atônito!
Vale a pena conferir!